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12 de janeiro de 2011

Iluminação


Um pequeno passo para mim, um grande passo para a minha sanidade mental.
Se à uns dias não queria sair de casa e não fazia nada da minha vida, pois agora é completamente o contrário, já não consigo estar em casa, tenho que estar sempre a arranjar qualquer coisa para vir à rua, nem que seja a desculpa esfarrapada de que tenho de ir à caixa do correio, quando sei precisamente que está vazia porque já lá fui milhões de vezes, nem sei para que me esforço tanto a arranjar desculpas, vivo sozinha.
Hoje apeteceu-me ir à Biblioteca, já não ia lá à uns anos, mas parecia que tudo estava igual, sabia precisamente o sítio onde estavam os livros que procurava.
Bem, não é que procurasse algo em concreto, apetecia-me simplesmente ler.
E ainda bem que me deu essa vontade repentina, pois acho que a minha vida voltou a ter luz.
Conheci um rapaz, chama-se Hugo, somos só amigos, fomos tomar um café e começa-mos a conversar, às alguns dias atrás nunca pensei que isso pudesse acontecer, ele mora na minha rua e achou estranho nunca me ter visto por lá, bem não é propriamente esquisito, visto que só à uns tempos é que consegui por um pé na rua, desgraçado.
Troca-mos números e agora temos falado bastante, ainda é um pouco esquisito, mas lá vou indo.
À noite, quando o Hugo me veio trazer a casa, nem imaginam quem apareceu, o Ricardo, a besta causadora do meu sofrimento até á bem pouco tempo.
Teve a lata de vir ter comigo e me perguntar se já estava tudo bem e que parecia que já tinha ultrapassado tudo e que estava a viver a minha vida, devia preferir que ficasse encalhada a vida toda por causa da sua estupidez, virei-lhe as costas e nem mereceu resposta.
Agora que estou a reconstruir a minha vida tinha de aparecer ele e atormentar-me de novo, ele persegue-me constantemente, parece que não quer que seja feliz.



P.S - direitos de autora, não copiar.

10 de janeiro de 2011

Encalhada.

Não consigo dormir nada, voltei à mesma rotina de sempre, fracassei, agora passo as noites em claro, acordo sempre a gritar ou algo do género, voltas-te a ocupar a minha mente. A maior parte das vezes não me lembro do que sonhei, também não me interessa muito, provavelmente foi só mais uma coisa parva e insignificante.
Às vezes consigo sonhar com tudo, mas ao mesmo tempo com nada.
Acho que toda a gente sonha com coisas absurdas, parvas e absolutamente fora do normal, coisas que quando penso nelas, não fazem o menor sentido!
Todos os dias me levanto a meio da noite e começo a vaguear pela casa, se alguém me visse pensaria que sou sonâmbula ou até mesmo maluca, ligo a televisão e não dá nada de jeito, pego no comando e entretenho-me a passar de canal para canal sem prestar a mínima atenção ao que está a dar no ecrã, no meu frigorífico voltou a esvaziar, na rua não está ninguém, o que me resta é ficar às voltas na cama até conseguir adormecer outra vez, e esperar que nenhum pesadelo me atormente e me volte a acordar.
Se ao menos o meu quarto ainda estivesse desarrumado, podia ao menos entreter-me a voltar a colocar tudo no sítio e a limpar tudo, não é que me apetecesse, e provavelmente algum vizinho ainda me vinha bater à porta aos berros a dizer que trabalha e que quer dormir, ou algo assim do género. Trabalho? Sono? Baah!
Já contei de tudo, carneirinhos, vaquinhas, galinhas, porquinhos, passarinhos, patinhos, daqui a pouco já contei os animais da quinta todos, e sono? Nem vê-lo.
Tudo me incomoda, é a almofada que aleija, ou é porque tenho frio, ou é porque tenho calor, ou é porque tenho sede, ou é porque tenho fome, ou é a cama que é desconfortável, é caso para dizer, nunca estou bem com nada!
Já percebi que tenho de seguir em frente, compreender que acabou, mas não, prefiro atormentar-me de dia para dia, sem pensar uma vez que simplesmente posso estar errada, que posso estar a ser estúpida.
Quando era pequena, ensinaram-me que o único caminho correcto é seguir em frente, nunca liguei muito a isso, simplesmente achava que era uma parvoíce e que era óbvio que nunca ia andar para trás ou até ficar no mesmo sítio, pois aqui estou agora, encalhada no tempo, o meu relógio parou.
Só precisava que alguém me ouvisse e me desse um pouco de atenção, mas apenas se limitam a dizer que me compreendem ainda mal eu acabei de falar, ninguém percebe o que sinto.



P.S - direitos de autora, não copiar.

8 de janeiro de 2011

Sem Rumo

Sinto-me perdida, sem rumo. Não sei que fazer mais para te conseguir esquecer, é tão difícil, a maior parte das pessoas sabe do que falo, acho que não há ninguém que não tenha passado por isto.
Bússolas, mapas, GPS’s?! De que me serve isso agora? Não encontro o que procuro, e não procuro o que posso encontrar, a minha mente, ao contrário dos outros dias, está completamente vazia.
Tenho de voltar com a minha vida ao normal, bem, tanto quanto possível.
Tenho de sair deste buraco escuro.
Bem, a maior parte das pessoas vai pensar que sou nova por estas bandas, ou até mesmo que pareço um extraterrestre. Pouco me importa, preciso de ar fresco.
Amanha são os anos da minha melhor amiga, e não posso mesmo faltar, ela não me ia perdoar.
Á uns dias atrás arrumei a casa, liguei o telefone, carreguei a bateria do telemóvel, e como não tinha mais nada para fazer, voltei a arrumar o que estava arrumado, ah, e mais, fui ao supermercado da minha rua às compras e fiz o jantar, a minha dispensa apenas tinha um pacote de massa e muito pó. As pessoas olhavam para mim com ar de desconfiadas, não liguei muito, apenas entrei, fiz o que tinha a fazer e voltei a sair.
Certas pessoas acham que comprar uma casa, casar ou até ter filhos é uma aventura fantástica, para mim, só a ideia de sair de casa já é uma aventura.

Tens de fazer o que queres fazer, dizer o que tens a dizer, arriscar e fá-lo à tua maneira.


P.S - direitos de autora, não copiar.

7 de janeiro de 2011

Entrelaçados

Os olhos já me ardem de tanto chorar, não percebo porquê, já tantas vezes me tentei convencer de que não posso gostar dele, mas não me adiantou de muito, pois o meu coração teima sempre que manda mais que a minha cabeça. De tanto contrariar o meu coração, por momentos, pensei que ia explodir, suspirei, é óbvio que isso seria, infelizmente, impossível.
Tenho fome, mas tenho preguiça de me levantar, simplesmente me virei para o outro lado da cama na esperança de adormecer.
O meu telemóvel não tem bateria à semanas, mas tenho receio de o carregar e voltar a ligá-lo, ainda sofre uma sob carga com tantas mensagens e chamadas não atendidas.
Nem me atrevo se quer a ligar o telefone de casa, depois do último episódio, não o ligo tão cedo, abrir as cortinas também está fora de questão, a escuridão é bem mais acolhedora neste momento, não arrumo o quarto à muito tempo, resumindo, a minha vida já não é o que era.
Continuei deitada, como que à espera de um milagre vindo do céu que me tirasse desta caverna, a pouca esperança que tinha de adormecer, como de costume, nem vê-la. Só queria conseguir dormir uns 5 minutos seguidos, sem sonhos nem nada que se pareça.
A palavra mais usual na minha vida, neste momento, é “impossível”, é impossível conseguir dormir, é impossível conseguir comer alguma coisa, é impossível parar de pensar no inconveniente, é impossível sair de casa, bem, é melhor não continuar, se não nunca mais acabo.
A minha imaginação está ao rubro, e os pensamentos começaram a surgir do nada, a minha cabeça estava tal e qual o meu quarto, uma confusão, os pensamentos sem sentido divagavam na minha mente, entrelaçados uns nos outros, como se se escondessem de algo, simplesmente ignorei-os, bem, a todos menos um, houve um que constantemente me chamava a atenção, um onde tu me dês-te a mão e me prometes que estaríamos juntos para sempre e que para sempre seriamos feliz, de repente mandei um grito no escuro:
«MENTIROSO!»
Lágrimas correram-me pelos olhos, mas disse para mim própria que não podia, não podia voltar a derramar uma lágrima que fosse por ele! Nem uma.
Bem, pensei para mim mesma, está na altura das arrumações, levantei-me, abri os cortinados e fui buscar umas caixas de cartão vazias à dispensa, precisava de me livrar de todas as coisas que me fizessem lembrar dele.
E assim fiz, durante o dia todo, não é coisa propriamente de que goste, mas tinha de ser.
Senti um enorme alivio, a casa ficou bem mais vazia, mas soube-me bem.



P.S - direitos de autora, não copiar.

6 de janeiro de 2011

O silêncio da dor

Já passou tanto tempo desde que me ligas-te a dizer que tudo tinha acabado, desde então nunca mais soube o que fazer. Sinto-me vazia.
Desliguei o telefone, fiz o download de montes e montes de filmes, comprei toneladas de pacotes de lenços, tranquei-me a sete chaves em casa, e aqui estou eu, a vaguear pelos corredores sem saber o que fazer. Preparei um café, enrolei-me nos cobertores e pus mais um dos milhares de filme no “Play”. O filme começou a dar, estava a olhar para o ecrã mas era como se não estivesse, não estava com a mínima atenção, era como se os meus olhos conseguissem ir para lá do televisor. Bebi um gole de café e enrolei-me mais no coberto, encostei a cabeça à almofada na tentativa de conseguir adormecer, vieram-me à cabeça todos os momentos que passa-mos e perguntei-me: Voltaram a acontecer? Respondi-me a mim própria rapidamente, como se tivesse a resposta na ponta da língua, duvido que sim, e mais uma vez a tentativa de tentar adormecer fracassou.
Levantei-me e abri os cortinados, a claridade invadiu a sala e as pilhas de lenços no chão, olhei para a rua, nada mudou, de repente um par de namorados passeia de mão dada, e foi como se visse a nossa imagem reflectida neles, por momentos senti raiva e ciúmes, soltei uma lágrima e fechei imediatamente os cortinados, a escuridão voltou a instalar-se, já não posso mais.
Não sei o que me deu, um instinto talvez, fui a correr para o hall de entrada e voltei a ligar o telefone, como se estivesse à espera de algo, não sei bem do quê.
À meses que não ligava o telefone, a luzinha das mensagens acendeu, peguei no auscultador e carreguei no botão das mensagens com algum receio:
 « (…) Tem 229 mensagens novas (…) »
Voltei a pousar o auscultador no sítio, sem querer ouvir o resto, credo, devem pensar que morri.

De repente «TRIM, TRIM, TRIM», o telefone está a tocar, rápido, o que é que faço? Atendo? E se for ele? Não quero saber, atendi.
«Estou?! Meu Deus! Finalmente atendes-te! Pensava que te tinha acontecido alguma coisa! Desde que acaba-mos nunca mais fala-mos, o que é que se passa contigo?»
Estive mesmo para lhe responder: «Oh seu cretino! Achas mesmo que queria falar contigo depois de tudo o que me fizes-te?»
Mas limitei-me a dizer: «Pois.»
Não ouvi ninguém do outro lado por uns breves instantes, parte de mim queria desligar de vez, mas outra parte precisava de ouvir a sua voz.
«Desculpa-me por tudo, estava muito confuso, não estava em mim.»
Fiquei a pensar no que iria dizer a seguir, mas de repente saiu-me:
«O que queres dizer com isso?»
Pareceu-me que estava nervoso, pois as palavras saiam meias trémulas.
«Que estou arrependido!»
Desliguei o telefone e comecei a chorar, tive o cuidado de não colocar o auscultador no sitio para já não ter hipóteses de me ligar outra vez, corri para o quarto e deitei-me na cama, por momentos veio-me à cabeça: O que terá ele ficado a pensar quando desliguei? Sinceramente não me importa, depois de tudo isto o que pretendia ele? Voltar a correr para mim e que eu estivesse com os braços abertos? Nem pensar, não caiu nessa outra vez.
Sacudi a cabeça como se o quisesse afastar dos meus pensamentos, tentativa falhada.

P.S - direitos de autora, não copiar.

5 de janeiro de 2011

Pensamentos .

Por vezes dou por mim a pensar, acabo por não pensar em nada de jeito nem chegar a conclusão nenhuma, mas penso na mesma, penso em ti, penso em mim, penso em nós e no que poderia dar aquilo, penso no ontem, penso no amanha, mas apenas consigo viver o hoje, fazendo constantemente a mesma pergunta: Será que não posso ser feliz? Talvez o meu futuro na seja mesmo ser feliz, talvez esteja condenada à depressão eterna, lamentar-me, comer chocolates e chorar, ou talvez alguém, noutro canto do mundo, bem longe daqui, esteja pronto para me fazer sorrir, o que é pouco provável, mas talvez, não faço ideia do que será o meu futuro, mas também não penso muito nisso, um dia há-de vir, talvez daqui a meses, talvez anos, não sei, mas acho que consigo esperar.
Tenho tantas coisas na minha cabeça que já não sei o que pensar, um turbilhão de ideias e pensamentos anda aos encontrões aqui dentro, como um tsunami autêntico.
Esta manha senti uma súbita vontade de sair de casa e ir ver o sol, coisa que já não faço à muito tempo. Lá fui eu até ao parque mais próximo de minha casa tentar arranjar uma vida social, coisa rara para mim, talvez ache isso bastante improvável simplesmente pelo facto de que já não me lembro do que é conviver ou falar com alguém que não seja a minha melhor amiga.
O sol fez-me confusão aos olhos, aquela claridade toda fez com que apressa-se o passo, fazendo-me chegar mais rápido ao parque do que é propriamente normal para uma pessoa como eu.
Sentei-me no primeiro banco por onde passei, não tinha paciência para escolher um com as mínimas condições e o mais limpo possível, talvez fosse por não prestar atenção a isso que o banco soltou uma espécie de rangido, podia estar prestes a cair que mesmo assim não me mexia do lugar, estava demasiado cansada para tal. Apenas me sentei.
Comecei por observar os pequenos miúdos que corriam e brincavam pelo parque, com grandes sorrisos que transbordavam felicidade, como gostava de poder ser assim, feliz, sem problemas nem preocupações e ter apenas a ingenuidade de uma criança.
O sol continuava a queimar-me a cara, mas desta vez não quis desviar-me ou sair dali, nem sequer me importei, de certa forma até me sabia bem, de repente uma leve brisa fresca no meu rosto trouxe-me de volta à realidade, senti uma necessidade repentina de sorrir, não percebi bem porque, mas apenas sorri.
Perdi a noção dos dias, já não uso relógio, não tenho nada de jeito para vestir e já não sei o que fazer ao meu cabelo, o que terei feito de mal para merecer isto? Nem vale a pena perguntar porque sei que não vou obter qualquer tipo de resposta.
Estava ali à talvez umas 2 horas, mas não me apetecia sair, o meu telemóvel já tocou precisamente 24 vezes, mas em nenhuma delas me mexi para o atender, provavelmente é a Raquel, a minha melhor a amiga, a perguntar-me se não morri. Se me lembrar depois ligo-lhe, apesar de já saber de que se trata. Apesar de tudo é minha amiga, e também está a sofrer com isto tudo, não mais do que eu, mas é certo que ela se preocupa comigo.
A vida é tão complexa, mas porquê?
Podia ser tudo tão simples, mas não, o Mundo tem de nos complicar a vida.
Por vezes penso em como seria tudo mais fácil de outra maneira, em como seriamos todos muito mais felizes, mas como de costume não encontrei qualquer vestígio de resposta, nem nada que se pareça.
Sinto que preciso de desabafar, mas custa-me, é como se tivesse um nó na garganta e não passa-se lá nada.
Há dias que não como nada de jeito, a comida rápida é mais conveniente, parece que passou um furacão no meu quarto, roupas em cima da cama, folhas e mais folhas no chão, e tudo mais que possa imaginar, há dias que não tirava o pijama, apenas para tomar banho claro, excepto hoje, ainda não consegui perceber o que me deu, mas pronto, finalmente sai de casa.

P.S - direitos de autora, não copiar.