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10 de janeiro de 2011

Encalhada.

Não consigo dormir nada, voltei à mesma rotina de sempre, fracassei, agora passo as noites em claro, acordo sempre a gritar ou algo do género, voltas-te a ocupar a minha mente. A maior parte das vezes não me lembro do que sonhei, também não me interessa muito, provavelmente foi só mais uma coisa parva e insignificante.
Às vezes consigo sonhar com tudo, mas ao mesmo tempo com nada.
Acho que toda a gente sonha com coisas absurdas, parvas e absolutamente fora do normal, coisas que quando penso nelas, não fazem o menor sentido!
Todos os dias me levanto a meio da noite e começo a vaguear pela casa, se alguém me visse pensaria que sou sonâmbula ou até mesmo maluca, ligo a televisão e não dá nada de jeito, pego no comando e entretenho-me a passar de canal para canal sem prestar a mínima atenção ao que está a dar no ecrã, no meu frigorífico voltou a esvaziar, na rua não está ninguém, o que me resta é ficar às voltas na cama até conseguir adormecer outra vez, e esperar que nenhum pesadelo me atormente e me volte a acordar.
Se ao menos o meu quarto ainda estivesse desarrumado, podia ao menos entreter-me a voltar a colocar tudo no sítio e a limpar tudo, não é que me apetecesse, e provavelmente algum vizinho ainda me vinha bater à porta aos berros a dizer que trabalha e que quer dormir, ou algo assim do género. Trabalho? Sono? Baah!
Já contei de tudo, carneirinhos, vaquinhas, galinhas, porquinhos, passarinhos, patinhos, daqui a pouco já contei os animais da quinta todos, e sono? Nem vê-lo.
Tudo me incomoda, é a almofada que aleija, ou é porque tenho frio, ou é porque tenho calor, ou é porque tenho sede, ou é porque tenho fome, ou é a cama que é desconfortável, é caso para dizer, nunca estou bem com nada!
Já percebi que tenho de seguir em frente, compreender que acabou, mas não, prefiro atormentar-me de dia para dia, sem pensar uma vez que simplesmente posso estar errada, que posso estar a ser estúpida.
Quando era pequena, ensinaram-me que o único caminho correcto é seguir em frente, nunca liguei muito a isso, simplesmente achava que era uma parvoíce e que era óbvio que nunca ia andar para trás ou até ficar no mesmo sítio, pois aqui estou agora, encalhada no tempo, o meu relógio parou.
Só precisava que alguém me ouvisse e me desse um pouco de atenção, mas apenas se limitam a dizer que me compreendem ainda mal eu acabei de falar, ninguém percebe o que sinto.



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